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02.04.2025 04:36 PM
US$ 10 bilhões: O preço dos erros? J&J de volta à tempestade jurídica

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Wall Street Oscila, mas S&P 500 e Nasdaq se mantêm

As ações dos EUA encerraram a terça-feira em alta nos principais índices S&P 500 e Nasdaq Composite, apesar da evidente inquietação dos investidores antes do anúncio de novas tarifas comerciais por Donald Trump.

Investidores em alerta: mercados em turbulência

Os mercados financeiros vêm enfrentando alta volatilidade nas últimas semanas. O motivo são os temores de que as iniciativas tarifárias em larga escala do presidente dos EUA possam desacelerar o crescimento econômico do país e impulsionar a inflação. Enquanto aguardam detalhes da Casa Branca, os investidores oscilam entre cautela e esperança.

Mercados aguardam sinais do Jardim das Rosas

Todas as atenções estão voltadas para o discurso de Trump amanhã, agendado para as 16h (ET) no Jardim das Rosas da Casa Branca. Espera-se que ele anuncie os detalhes de sua política tarifária, o que pode esclarecer ao menos parte da situação, até agora envolta em especulações e rumores.

No entanto, mesmo que as medidas fiquem mais claras, a incerteza geral permanecerá – tanto em relação às consequências dessas ações quanto à possível reação dos parceiros comerciais dos EUA. Isso torna o rumo do mercado difícil de prever.

Oscilações do dia: de perdas a um fechamento positivo

Diante dessa incerteza, os três principais índices dos EUA apresentaram oscilações ao longo do pregão, alternando entre ganhos e perdas. Apenas na segunda metade do dia as tendências positivas se firmaram.

O saldo final do dia foi o seguinte: o índice amplo S&P 500 subiu 21,22 pontos (+0,38%), fechando em 5.633,07. O Nasdaq Composite, impulsionado pelo setor de tecnologia, avançou 150,60 pontos (+0,87%), encerrando em 17.449,89. Já o Dow Jones Industrial Average teve uma leve queda de 11,80 pontos (-0,03%), fechando em 41.989,96.

Tecnologia se recupera: Nasdaq volta ao topo

Na terça-feira, o setor de tecnologia liderou os ganhos em Wall Street. Após um início de ano difícil, os gigantes da tecnologia começaram a recuperar terreno, impulsionando os índices Nasdaq e S&P 500.

Tesla acelera antes do relatório

A Tesla se destacou, com suas ações subindo 3,6% em meio à expectativa pelos novos dados de entregas de veículos do primeiro trimestre, que serão divulgados na quarta-feira. Os investidores apostam em números positivos e aguardam sinais de recuperação da demanda.

Outras empresas do chamado "magnificent seven", como Amazon, Microsoft e Meta Platforms (banida na Rússia), também registraram ganhos sólidos, variando entre 1% e 1,8%. Esse movimento fortaleceu o Nasdaq e trouxe otimismo ao mercado de tecnologia.

Setores de saúde e transporte pressionam o mercado

Mas nem tudo foi positivo nos mercados. O S&P 500 sofreu pressão dos setores de saúde e transporte, que fecharam em queda devido a reveses corporativos e jurídicos.

A Johnson & Johnson foi o maior destaque negativo do dia. Suas ações despencaram 7,6%, registrando o pior desempenho entre todas as empresas do índice. O motivo foi uma derrota judicial: um juiz de falências dos EUA rejeitou a proposta da J&J de um acordo de US$ 10 bilhões para encerrar processos relacionados a produtos à base de talco, que milhares de demandantes associam ao câncer.

Setor aéreo em baixa: incerteza sobre a demanda

As companhias aéreas também tiveram um desempenho fraco. As ações da Delta, American Airlines e Southwest Airlines caíram entre 2,4% e 5,9%. Isso ocorreu após o banco Jefferies rebaixar suas classificações de investimento para o setor. Os analistas expressaram preocupação de que a incerteza macroeconômica e as mudanças no comportamento do consumidor possam afetar negativamente a demanda por viagens corporativas e de lazer.

Estreantes na bolsa agitam o mercado: Newsmax e CoreWeave disparam

Em meio à turbulência do mercado, algumas empresas recém-chegadas à bolsa se destacaram como verdadeiras estrelas da sessão. Entre elas, a empresa de mídia Newsmax, cujas ações tiveram uma disparada impressionante pelo segundo dia consecutivo.

Após uma estreia espetacular na Bolsa de Valores de Nova York na segunda-feira, quando suas ações subiram mais de 700%, a Newsmax disparou mais 208% na terça-feira. Devido ao seu perfil politicamente engajado e favorável a Trump, o interesse dos investidores foi explosivo.

CoreWeave Dispara Após Estreia Instável

Outra participante da recente leva de IPOs, a empresa de inteligência artificial CoreWeave, também agradou aos investidores. Apesar de um início incerto após sua estreia na bolsa na sexta-feira, suas ações dispararam 41,8% na terça-feira, superando o preço inicial de oferta. Esse movimento sinaliza uma forte demanda por ações do setor de IA, apesar dos riscos de mercado.

Ouro encontra suporte, Ásia oscila

Enquanto alguns investidores se empolgam com as novas listagens, outros voltam a atenção para ativos mais conservadores. Os preços do ouro começaram a se recuperar, já que o metal é tradicionalmente visto como um "porto seguro" em tempos de incerteza geopolítica e econômica.

Os mercados asiáticos, por sua vez, permaneceram dentro de uma faixa de volatilidade moderada. Apesar de um início instável, conseguiram evitar quedas acentuadas, seguindo o fechamento positivo de Wall Street. Já os futuros europeus indicam, por enquanto, um início de pregão tranquilo, mas cauteloso.

A bomba-relógio das tarifas

Os investidores ainda têm em mente o "momento X" – o aguardado anúncio de Donald Trump na quarta-feira, que ele chamou de "Dia da Libertação". Na prática, trata-se de uma iniciativa de grande escala para impor novas tarifas de importação, tanto contra adversários estratégicos quanto aliados tradicionais dos EUA.

A cerimônia de anúncio está marcada para as 20h GMT e acontecerá em um local emblemático – o Jardim das Rosas, na Casa Branca. No entanto, mesmo com a expectativa de mais detalhes, não se espera que a incerteza no mercado diminua significativamente.

Medidas rápidas, respostas rígidas

Talvez o ponto mais preocupante seja a ausência de uma fase de negociação. Segundo informações disponíveis, as tarifas serão implementadas imediatamente, reduzindo drasticamente o espaço para manobras diplomáticas e, ao mesmo tempo, aumentando a probabilidade de respostas rápidas por parte dos países afetados.

Isso pode desencadear uma maior volatilidade nos mercados nos próximos dias – afetando desde taxas de câmbio até índices acionários. Analistas não descartam movimentos bruscos e novas ondas de liquidação impulsionadas pelo nervosismo dos investidores.

O cerco tarifário: metais, automóveis e China no alvo

A Casa Branca já deu os primeiros passos na implementação de uma política comercial mais rígida. Donald Trump impôs tarifas sobre categorias-chave de importação, desde alumínio e aço até automóveis. Além disso, elevou significativamente as tarifas sobre uma série de produtos chineses. Essas ações já repercutem nos mercados globais, intensificando os temores de um confronto comercial que pode prejudicar o crescimento econômico mundial.

Economistas soam o alarme: a ameaça de uma guerra comercial em larga escala está cada vez mais real. As tensões entre Washington e seus principais parceiros comerciais, incluindo Pequim, correm o risco de ultrapassar a esfera diplomática e entrar em um conflito sistêmico que pode desorganizar cadeias de suprimentos globais e desacelerar a recuperação econômica mundial.

Ouro brilha em meio à ansiedade

Com o aumento dos riscos, os investidores recorreram a ativos de proteção – e, acima de tudo, ao ouro. O "metal amarelo" continua rompendo máximas históricas, ultrapassando a marca psicológica de US$ 3.000 por onça.

Desde o início do ano, o ouro já valorizou 19%, mantendo uma trajetória de alta impressionante após um ganho de 27% em 2024 – seu melhor desempenho em uma década. A escalada dos preços reflete não apenas os temores de choques geopolíticos e econômicos, mas também a crescente demanda de bancos centrais e grandes investidores institucionais, que buscam preservar capital em meio a um cenário instável.

Não apenas ouro, mas um termômetro do medo

Diante de mercados oscilando entre sinais contraditórios – das ameaças tarifárias à inflação volátil e às incertezas sobre juros –, o ouro volta a se destacar como um indicador universal de ansiedade. Sua alta reflete não apenas a busca por estabilidade, mas também a profundidade dos temores que dominam os investidores.

Thomas Frank,
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